Os três principais candidatos ao cargo de governador do Paraná – Beto Richa (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) – participaram nesta quinta–feira (7) do primeiro evento conjunto desta campanha. Eles foram sabatinados por lideranças do estado, em Curitiba, congregadas no Fórum Permanente Futuro 10 Paraná. O evento teve transmissão em tempo real pela Gazeta do Povo -
veja como foi.
Durante suas falas iniciais, nas respostas às perguntas do público e na entrevista coletiva final, os candidatos demonstraram estratégias de campanha diferentes, alterando propostas, comparações e críticas aos adversários.
Veja os cinco principais pontos do discurso de cada candidato Requião, que abriu a sabatina, por ordem de sorteio, apostou na comparação de sua gestão com a de Richa e fez críticas aos dois concorrentes, especialmente o tucano. O senador falou, principalmente, da situação financeira do estado, dizendo que, "para melhorar a segurança, é fundamental ter gasolina nas viaturas". Também negou suspeitas que pesam contra si.
Gleisi, a segunda a falar, defendeu as ações no Paraná executadas pelo Governo Federal, do qual fez parte. Ela falou sobre investimentos no Porto de Paranaguá e prometeu criar um “PAC-Paraná”. Também fez críticas a Richa, no contexto da demora na liberação de empréstimos federais ao estado, dizendo que raramente viu o governador em Brasília para conduzir negociações.
Richa, que encerrou o evento, adotou o tom mais crítico aos adversários, entre os sabatinados. Criticou a gestão de Requião, que teria deixado o estado “em caos”, bem como a personalidade dele, que agiria com “prepotência”. Respondeu à Gleisi dizendo que os empréstimos federais atrasaram por “discriminação” do governo federal, e que foi diversas vezes a Brasília tratar do tema.
Fórum
O Fórum Permanente Futuro 10 Paraná foi criado em 2005 e reúne 16 entidades dos setores comercial, serviços e indústrias e também da classe civil organizada.
As entidades que integram o Fórum entregaram a cada candidato um documento com as necessidades para o crescimento do Paraná. O estudo, desenvolvido nos últimos dez anos, estabeleceu 11 diretrizes, sendo que quatro são prioritárias: infraestrutura, inovação e empreendedorismo, educação fundamental e ética na gestão pública.
Cerca de 300 convidados participaram da sabatina. O evento foi fechado ao público.
DESTAQUES DOS CANDIDATOS
Roberto Requião (PMDB)
- Criticou a gestão de Beto Richa, em especial a situação das finanças do estado. Disse que, "para melhorar a segurança, é fundamental ter gasolina nas viaturas".
- Depreciou a gestão do adversário à frente das empresas estatais, destacando o aumento nas tarifas da Copel e a mudança na divisão societária da Sanepar.
- Alfinetou Gleisi Hoffmann ao afirmar que um projeto do Senado que trata de substituição tributária está "parado nas mãos da companheira Gleisi".
- Elogiou o Papa Francisco, a quem considera "seu líder".
- Negou as acusações de que usava recursos da PM para alimentar seus cavalos: "Os únicos que comeram o que não deviam foram os deputados do PMDB que aderiram ao Beto Richa".
Gleisi Hoffmann (PT)
- Criticou o governador Beto Richa, no contexto da demora na liberação de empréstimos federais ao estado, dizendo que faltou empenho ao governador para solucionar o problema.
- Desaprovou o aumento na tarifa de energia elétrica no Paraná e afirmou que falta visão empreendedora no estado
- Destacou ações do Governo Federal no Paraná, como ações do PAC e investimentos no Porto de Paranaguá.
- Afirmou que irá criar uma Lei de Inovação no estado, com apoio a pequenas empresas, e também uma espécie de “PAC-Paraná”, com base em saúde, educação e segurança.
- Disse que implantará a meritocracia entre os servidores do estado, como estratégia de transparência e abertura da gestão.
Beto Richa (PSDB)
- Criticou a gestão do antecessor, Roberto Requião, a quem acusou de agir com “prepotência”, de deixar o estado “em caos e de criar uma crise de confiança.
- Respondeu à Gleisi Hoffmann afirmando que esteve diversas vezes em Brasília para tratar da liberação de empréstimos federais. Atribuiu a demora a um ato de “discriminação” da União.
- Disse que a exigência da destinação de 2% das receitas para os pagamentos de precatórios em 2010 prejudicou as finanças do governo: "Pegou o estado em cheio".
- Destacou feitos de seu mandato afirmando que enxugou a máquina pública e que privilegiou a meritocracia entre os servidores.
- Rebateu acusação dos adversários sobre goteiras em escolas destacando que efetuou 3 mil reformas em escolas e que fortaleceu os professores, com aumento salarial.
Via Gazeta do povo