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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Deputado André Vargas afirma que renunciará ao mandato

O deputado federal André Vargas (PT-PR) informou nesta segunda-feira (14) à GloboNews que renunciará ao mandato. Ele deverá apresentar a carta de renúncia à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados até esta terça (15), segundo o ex-assessor de comunicação e amigo pessoal Ricardo Weg.

Desde o último dia 7, Vargas está licenciado do mandato. Ele pediu afastamento por 60 dias. No dia 9, renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara, depois de o Conselho de Ética da Casa ter decidido pela abertura de pA decisão de Vargas de renunciar é motivada pela denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal naOperação Lava Jato. A operação dissolveu um esquema de lavagem de dinheiro de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as PF, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Ao repórter Marcelo Cosme, da GloboNews, Vargas afirmou que está sendo julgado "sem direito de defesa, sem ter sido nem intimado judicialmente". Segundo ele, o Conselho de Ética da Camara não tem provas, "só tem matérias de jornais e revistas com dados sigilosos de um processo judicial".

No último dia 2, da tribuna do plenário da Câmara, o deputado chegou a admitir que viajou de maneira "imprudente" em um jatinho fretado pelo doleiro, mas negou ilegalidade na relação com Alberto Youssef. Três dias depois, a revista "Veja" reproduziu mensagens que ele teria trocadocom Youssef para tratar de um contrato entre uma empresa e o Ministério da Saúde.

Em postagens no microblog Twitter na semana passada, Vargas disse que vai provar a inocência"de cabeça erguida".

Inelegível
Com a renúncia, André Vargas deverá ficar inelegível até fevereiro de 2023 com base na Lei da Ficha Limpa.

A regra torna inelegível por oito anos após o fim da legislatura o parlamentar que renunciar depois de protocolada representação que pode levar à cassação do mandato. O Conselho de Ética da Câmara abriu processo para investigar o parlamentar.

PT
Nesta segunda, André Vargas foi ouvido sobre as denúncias por uma comissão nomeada pela Executiva Nacional do PT.

Segundo o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, um dos integrantes da comissão, Vargas não chegou a mencionar a intenção de renunciar ao mandato.

“Ele não falou nada, em nenhum momento, sobre renúncia. Ele apenas nos deu as mesmas explicações dadas nos últimos dias à imprensa e pelo Twitter. Fui surpreendido com a notícia da renúncia dele. Não sei se foi por alguma questão familiar ou se tem algum outro motivo”, declarou Cantalice.

Segundo Cantalice, nesta terça-feira (15) deverá ser entregue ao presidente do PT, Rui Falcão, o relatório resultante da conversa que a comissão teve com Vargas. Além de Cantalice, a comissão foi integrada por Carlos Árabe, secretário nacional de formação política do PT, e Florisvaldo Souza, secretário nacional de organização do partido.rocesso de cassação.

Via G1

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