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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

As novidades da política: Requião, 76 e Amin, 69

Por Fernando Tupan

O vendaval de escândalos que varre a política brasileira desde 2016 está provocando efeitos inesperados. Um deles é transformar em “caras novas”, “novidades”, políticos septuagenários que tiveram a sorte de não se ver diretamente envolvidos na recente safra de denúncias. Assim, gente como o senador Roberto Requião, 3 vezes governador do Paraná, 76 anos e o deputado federal Esperidião Amin, 69, 2 vezes governador de Santa Catarina, ensaiam lançar suas candidaturas ao governo de seus estados com pinta de “novidades”.

Atrevido até beirar a demência, Requião se dá ao desfrute de teorizar sobre as vantagens de uma candidatura de um pré-octogenário. “A novidade é bobagem. Numa Olimpíada, você coloca o atleta experimentado”, assegura. Velhice não é defeito nem cláusula infamante, mas também não é credencial.

Um balanço das administrações Requião resultam em um quadro melancólico. Um governante de viés bolivariano, bravateiro (pedágio baixa ou acaba), obcecado com uma confusa ideologia de grêmio estudantil dos anos 60. O esquerdismo lagosta (fã da Casa da Lagosta de Camboriú), não impedia que o “Duce” desfrutasse de luxos dignos de um senhor feudal. Entre eles, manter 80 cavalos na residência oficial, bancados pelo contribuinte, para desfrute do governador e seus amigos.

A marca registrada de seus últimos governos foi uma inglória cruzada contra os transgênicos, aos quais Requião atribuía riscos como o nascimento de crianças com três cabeças, além da total submissão de nossos agricultores as multinacionais do “Império”. A cruzada de Requião foi derrotada mas causou prejuízos gigantescos ao Paraná, destruiu nosso porto e espantou empresas do estado. É possível que tenha gente disposta a repetir essa pantomima. Sim, é possível e também profundamente lamentável.

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