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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Petrobras anuncia aumento de 3% na gasolina

A Petrobras informou no início da noite desta quinta-feira que reajustará o preço de venda da gasolina em 3% e o do diesel em 5% nas refinarias, a partir da 0 hora desta sexta-feira. Em comunicado ao mercado, a estatal informou que "os preços da gasolina e do diesel sobre os quais incide o reajuste anunciado não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS".

O reajuste era amplamente esperado pelo mercado e deve dar algum alívio para o caixa da estatal, mas pressionar a inflação que já está rondando acima do teto da meta do governo em doze meses.

O reajuste, que terá impacto na bomba de combustível, foi divulgado após a Petrobras ter indicado em notas, na terça-feira e na quarta-feira, que não havia decisão quanto ao aumento de preços. Este é o primeiro aumento dos combustíveis desde novembro de 2013, quando a gasolina subiu 4%, e o diesel, 8%. A expectativa é de que o reajuste fosse anunciado após a reunião do Conselho de Administração, realizada em Brasília, na terça-feira, o que não ocorreu embora o governo tivesse autorizado o aumento dos preços.A alta de preços dos combustíveis deve dar algum fôlego para a empresa que tem um dos maiores planos de investimento do mundo corporativo, com dívida crescente, fator que levou a agência de classificação de risco Moody's a rebaixar o rating da Petrobras em outubro. 

A política de preços da Petrobras prevê reajustes anuais capazes de equilibrar os valores cobrados no Brasil com aqueles praticados no exterior. Desde 2012, contudo, os reajustes são alvo de intensos debates no Palácio do Planalto. Primeiramente, foram represados como forma de conter o avanço inflacionário. Mas, diante dos prejuízos bilionários que a empresa passou a acumular com o congelamento, o governo se viu obrigado a autorizar reajustes, ainda que moderados. Sem a elevação dos preços, é a diretoria de Abastecimento da estatal que absorve a diferença entre os valores pagos com a importação de gasolina e aqueles cobrados no Brasil.

Na teoria, a política de preços da estatal deve ser definida por sua diretoria executiva, e passa por aprovação do Conselho de Administração. Contudo, na prática, como a elevação está fortemente ligada ao avanço da inflação, a decisão deixou de ser técnica e se tornou política.

via veja

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