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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Frigorífico do norte do Paraná fecha e demite 150 trabalhadores

Do G1/Pr

O frigorífico Oregon de Apucarana, no norte do Paraná, demitiu todos os funcionários. A unidade encerrou as atividades na quinta-feira (21). Nesta sexta-feira (22), o setor de abate não funcionou e ex-funcionários aguardam para receber o acerto trabalhista.

Josá Palasini de 53 anos era vigilante do frigorífico. Casado e pai de uma filha, foi demitido após cinco anos de trabalho na empresa. “Fiquei chocado porque gostava de trabalhar com o pessoal”, diz.

O frigorífico Oregon estava dispensando funcionários desde o começo de julho e, na quinta-feira (21), fechou de vez. Em torno de 150 pessoas perderam os empregos e todas as atividades foram suspensas. A unidade chegou a abater 350 cabeças de gado por dia.

Inaugurada em 2011, a empresa ocupou as instalações de outro frigorífico que tinha sido desativado. No início, o objetivo era destinar parte da produção para exportação, mas o frigorífico atendeu apenas a demanda nacional.

Alguns funcionários contrários ao fechamento do frigorífico bloquearam a entrada da unidade na manhã desta sexta-feira (22) para impedir a retirada de equipamentos. A Polícia Militar negociou e o acesso foi parcialmente liberado.

O Sindicato dos Empregados em Frigorífico de Apucarana informou que acompanha a situação e já homologou 35 rescisões. A previsão é fazer o acerto dos demais funcionários na próxima semana.

O proprietário do Oregon, Orestes Soldório disse que apenas advogados da empresa vão se pronunciar sobre o fechamento.

Crise no setor
A crise atingiu o setor de abates de carnes. Em junho, o frigorífico Averama de Umuarama, no noroeste do Paraná, fechou as portas e dispensou 1.500 trabalhadores. Reflexo da crise econômica e os altos custos de produção pesaram na decisão de suspender o abate. Apenas o setor administrativo e a fábrica de rações continuam funcionando na cidade.

No mesmo mês, o frigorífico Globoaves, de Cascavel, no oeste do estado, suspendeu o trabalho de 1800 funcionários. Ao invés de dispensá-los, o frigorífico reduziu parte dos salários e encaminhou os trabalhadores para cursos de qualificação. A medida vale por três meses, depois desse período o Globoaves vai decidir como ficará a produção.

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