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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Mãe diz que ficou chocada ao ver filho de 6 anos apanhando de motorista

A mãe do menino de 6 anos que foi agredido em um ônibus escolar por um motorista da Prefeitura de Iguaçu, na região central do Paraná, conta que ficou chocada ao ver o vídeo que flagra a agressão. “Eu só fiquei sabendo quando uma assistente social me mostrou as imagens, dias depois. Acho que meu filho não contou nada por medo”, afirma a agricultora Viviane Regina Ribeiro, de 29 anos. Segundo a mãe, ela e o marido optaram por não conversar pessoalmente com o motorista. “Não vamos fazer justiça com as próprias mãos. Ele vai pagar pelo que fez”, acredita. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela prefeitura.

Juliano Jardel da Silva, de 6 anos, foi agredido no caminho para a escola, na tarde de terça-feira (11). As imagens mostram que, no início do vídeo, o menino grita várias vezes a frase "É o diabo" e chora bastante. Dois colegas que estão por perto tentam segurá-lo, mas o garoto continua berrando e pede para "falar com a mãe um pouco". Em seguida, o motorista se aproxima, segura o menino pelo braço e empurra-o com força para outro banco. Depois do empurrão, o homem ainda dá uma pancada na cabeça da criança, que para de gritar e chorar.A família mora na zona rural de Reserva do Iguaçu, e o menino precisa viajar todos os dias de ônibus para o colégio. Na terça, a mãe relata que o garoto estava manhoso antes de sair de casa. “Como quase toda criança, ele também tem dias que não quer ir para a escola”, afirma. Viviane ainda diz que, no dia 11 de novembro, Juliano sempre comemora o segundo aniversário. “Ele nasceu no dia 3, mas foi registrado no dia 11. O meu filho só queria ficar em casa e comemorar, de novo, com a gente. Sabe como é criança, não é? Mas, como nós trabalhamos, não tinha jeito e ele foi para a escola triste. E ainda apanhou”, lembra.

A Secretaria Municipal de Educação não divulgou o nome do motorista, mas garantiu que o funcionário já foi afastado do cargo. “Eu não sei o que dizer sobre o que ele fez com o meu filho. Ele estava lá para trabalhar, não tinha o direito de encostar a mão em ninguém”, afirma. Mesmo com um dos olhos roxo, Juliano não deixou de ir para a escola. “A educação do meu filho é importante e nós vamos superar a situação. Esperamos que a justiça seja feita”, conclui.

Prefeitura lamenta
Em nota, a prefeitura lamenta a ocorrência e afirma que o episódio é um grave desvio de ética. “Não se compactua com qualquer ato desta gravidade, pois a luta desta Administração Pública é pela construção de uma sociedade com base em uma educação onde o respeito possa ser o balizador de nossas ações”, diz o comunicado. O esclarecimento ainda acrescenta que a atitude “vai à contramão dos investimentos e incentivos realizados pelo Poder Público Municipal à educação”. Por fim, a prefeitura pede desculpas e garante que todas as providências jurídicas e administrativas estão sendo tomadas.

via G1 PR

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