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sábado, 15 de novembro de 2014

Impeachment de Dilma




Os falsos democratas fingem se assustar com a palavra de ordem “impeachment de Dilma”, como se fosse expressão de um golpismo. É mesmo? Então quero ver a tese desenvolvida. Golpismo por quê? Já escrevi aqui muitas vezes e reitero no ponto: IMPEACHMENT, SIM, SE FICAR PROVADO QUE ELA SABIA DA ROUBALHEIRA EM CURSO NA PETROBRAS. Mas, para que se chegue lá, é preciso que se investigue, que se colham as provas e que se proceda ao devido processo legal. É certamente esse o pressuposto do que pedem a saída de Dilma.

Quando se fala e se escreve a palavra “impeachment”, está-se falando de um procedimento legal, previsto na ordem democrática brasileira e que integra o conjunto de possibilidades de um Estado de Direito. A lei que permite a deposição de um chefe de Estado por crime de responsabilidade, a 1.079, não é nova; é de 1950, a mesma que afastou Collor do poder quando a Câmara aceitou a denúncia.

Se ficar provado que a presidente Dilma Rousseff sabia de tudo — ou, ao menos, de parte da lambança —, ela terá de deixar o poder porque lhe faltará autoridade para governar o país. “E se isso acontecer?” O vice assume, ora! Não é inédito nem segredo para nós. E se a denúncia tragar também o vice? Aí o presidente da Câmara assume interinamente e se marcam novas eleições — se o duplo impedimento ocorrer nos dois primeiros nos —, ou o Congresso indica o novo chefe do Executivo na hipótese de ocorrer no biênio final. Em qualquer hipótese, esse mandato termina no dia 31 de dezembro de 2018; em outubro desse ano, haverá eleições presidenciais, com ou sem impeachment.

É isso mesmo: notem que dou tratamento meramente burocrático a essa possibilidade porque, afinal, o Estado de Direito prescreve as saídas para o impedimento presidencial. Impeachment sem provas? Aí, obviamente, não!

Na manifestação deste sábado na Paulista, em São Paulo, houve caravanas de pessoas de outras cidades e até de outros Estados. O Brasil não quer ser mais um país de pessoas honradas submetidas à vontade de ladrões.

Golpistas na cadeia!

Por Reinaldo Azevedo

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