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domingo, 13 de julho de 2014

Delírios de grandeza

Um país autossuficiente em petróleo, maior produtor e exportador de combustíveis renováveis. Que fabrica aparelhos de última geração em uma “cidade inteligente” com 100 mil empregados, entre eles 20 mil engenheiros. E dono de um moderno sistema de transportes, simbolizado pelo trem de alta velocidade que liga seus dois maiores centros urbanos. Este seria o Brasil de 2014 se uma série de anúncios que o governo fez ao longo dos últimos dez anos tivesse se tornado realidade.

As promessas tinham em comum a intenção de afirmar a todo custo o protagonismo econômico do país. Algumas não tinham qualquer base na realidade. Outras até tinham fundamento, mas depois se mostraram inviáveis ou, pior, foram prejudicadas por erros e omissões do próprio governo.

“É papel do governo fomentar uma agenda positiva, que dê confiança ao investidor, e também é papel dele fazer os investimentos de base. Mas essas duas agendas acabam atravessadas pela agenda política. Temos eleições a cada dois anos e é nesse contexto que surge esse tipo de promessa”, diz o doutor em Economia Alivínio Almeida, professor convidado do Isae/FGV.

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