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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Burguesia!

Significado

A Burguesia é uma palavra originaria da língua francesa ("Bourgeoisie"), usada nas áreas de economia política, filosofia política, sociologia e história, e que originalmente era uma classe social que surgiu na Europa na Idade Média (séculos XI e XII) com o renascimento comercial e urbano.1 2 No mundo ocidental, desde o final do século XVIII, a burguesia descreve uma classe social, caracterizado por sua propriedade de capitais, sua relacionada "cultura", e sua visão materialista do mundo. Nafilosofia marxista, o termo "burguesia" denota a classe social que detém o meios de produção de riqueza, e cuja sociais preocupações são o valor da propriedade e da preservação do capital, a fim de garantir a sua supremacia econômica na sociedade.3 Na contemporânea teoria social o termo burguesia denota a classe dominante das sociedades capitalistas.

Aprofundamento

Pela forte carga ideológica que o termo hodiernamente acarreta, falar em burguesia para períodos anteriores ao século XVII constitui, senão um erro, pelo menos uma inexatidão histórica que convém precisar. Se desde o século XII há burgueses (id est, os habitantes dos burgos), e estes paulatinamente vão fazendo do comércio a sua fonte de receitas, no entanto, para este grupo é preferível usar expressões neutras do ponto de vista ideológico, como mercadores ou comerciantes.

Na verdade, no quadro de uma sociedade europeia dividida em Três Ordens ou Três Estados (remontando esta ideologia trinitária - considerada de origem providencial - à Idade Média, com a oposição e interdependência entre oratores, bellatores e laboratores), aquilo que vulgarmente se designa por Clero, Nobreza e Povo, facilmente se compreende, ante a difícil e lenta mutação dos quadros mentais, a existência da burguesia como Ordem (e muito menos como classe, termo marxista apenas aplicável após à Revolução Industrial).

Isto, porém, não impede subestratificações dentro das Ordens. Em Portugal, por exemplo, o Clero divide-se entre os que fazem vida no século e o que a fazem debaixo de uma regra monástica; a Nobreza, divide-se, consoante a riqueza e as funções, em Ricos-Homens, Infanções (mais tarde Fidalgos) e Cavaleiros; o Povo, em variadíssimos estratos, consoante a ocupação e a riqueza. E assim também, a partir do século XII, com o renascimento das cidades, emergem os seus habitantes, os quais, feitos mercadores, vão progressivamente aumentar as suas riquezas e aspirar ao ingresso na Ordem superior que é a Nobreza.

Consoante as épocas e as regiões, será mais ou menos fácil a mobilidade social entre elementos enriquecidos do Terceiro Estado e elementos do grupo nobre. Sucede muitas vezes nobres arruinados financeiramente casarem com filhas de mercadores (ou vice-versa), para dessa forma revitalizarem as suas casas; consoante a permeabilidade dos soberanos, poderão os novos representantes dessas famílias manter ou não o estatuto nobiliárquico.

Mas a ascensão do elemento burguês também se verifica através, por exemplo, do estudo - o acumular de riquezas possibilita aos filhos dos mercadores estudar nas universidades, instruírem-se, tornarem-se no corpo de letrados que auxilia o rei numa época de restauração do direito e de fortalecimento do poder real, conducente mais tarde ao que se chamou de absolutismo. Muitos destes letrados, filhos de burgueses, que servem devotadamente o rei, são recompensados, muitas das vezes, com títulos de nobreza, verificando-se assim a estreita fusão entre os dois grupos que muitos, entre os burgueses, propugnavam (mas que, muitas vezes, à nobreza tradicional, de sangue, desagradava).

Informações: Wikipédia

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