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segunda-feira, 23 de março de 2015

Gleisi pode ter intermediado milhões do Petrolão para financiar campanha do petista Professor Lemos em Cascavel

Nova denúncia que está sendo investigada pelo Ministério Público para vir a público dá uma dimensão ainda mais grave para a ousadia do esquema do Petrolão e do envolvimento da senadora petista Gleisi Hoffmann. Em 2012 os operadores do Petrolão no Paraná, seguindo o comando da senadora Gleisi e usando como fachada um deputado estadual, o petista Professor Lemos, conhecido como o “Professor Aloprado” (foi responsável por uma violenta invasão da Assembleia Legislativa no mês passado). A movimentação financeira de recursos da Petrobras foi para tentar ganhar a prefeitura de Cascavel em 2012.

Para o PT, o caráter essencial da conquista de Cascavel estava ligado ao projeto eleitoral da própria Gleisi que disputou o governo do Paraná em 2014 para essa estratégia funcionar era preciso montar bases fortes do PT nos principais municípios. Em todas as cidades em que o partido possuía candidatos considerados viáveis foi feito um derrame de dinheiro. Apesar desse abuso de poder econômico, a estratégia não funcionou e o PT não ganhou em municípios importantes em 2012 e perdeu prefeituras grandes cidades que controlava no Paraná. Em Cascavel os tentáculos do Petrolão ficaram evidentes. O candidato Professor Lemos arrecadou, oficialmente, R$ 1.735.380,00 para a campanha. Desse montante, R$ 1.348.492,00 foi arrecadado pelo PT na Construtora OAS e na UTC Engenharia.

Ou seja, 78% do total arrecadado pelo petista Lemos veio de empresas diretamente envolvidas nos desvios da Petrobras, investigadas pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. Lemos gastou na campanha R$ 254.324,10 além do que arrecadou e a despesa foi repassada pelo PT. Também ocorreu o pagamento de despesas fora do prazo legal. A prestação de contas do Professor Aloprado foi reprovada, em segunda instância, pelo TRE/PR, por cinco votos a um. O caso do petista Professor Lemos deve abrir uma nova linha de investigação na Operação Lava Jato. Uma investigação minuciosa sobre as doações de campanha das empreiteiras envolvidas no Petrolão nas campanhas do PT pelas prefeituras em 2012.

Além de intermediar doações do esquema do Petrolão para Cascavel, Gleisi, que a época era ministra chefe da Casa Civil, se envolveu pessoalmente na campanha do petista. Fez um grande número de visitas a cidade para participar da campanha de Lemos sempre usando jatinhos da FAB. “Já tinha combinado com o Professor Lemos que viria a Cascavel. É um dos primeiros municípios que visito devido ao comprometimento político com a campanha do Professor Lemos e também com a população dessa região. Acho importante estar aqui conversando com população falando dos projetos e da importância do professor como prefeito da cidade”, afirmou Gleisi em entrevista durante uma dessas visitas de campanha.

Uma curiosa coincidência chamou a atenção dos investigadores do Ministério Público que estão cruzando os dados da campanha do Professor Lemos e sua conexão com Gleisi Hoffmann. Os grandes doadores das campanhas da senadora são os mesmos que garantiram a fartura de recursos da campanha do deputado estadual para a campanha de Cascavel. Em 2010, em sua campanha para o Senado, Gleisi levou R$ 780 mil da OAS e R$ 250 mil da UTC. Na campanha de 2014, em que ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo do Paraná, Gleisi recebeu R$ 950 mil da UTC. Essas são doações oficiais, o montante real pode ser muito maior. Os delatores do Petrolão Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef contaram ao Ministério Público que, em 2010, Gleisi recebeu R$ 1 milhão em dinheiro vivo. Recursos desviados da Petrobras. Os indícios de caixa 2 na campanha do Professor Lemos também estão sendo investigados.

via blog do Tupan

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