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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Impeachment: “Bancada do holofote” projeta sombra em Dilma

por José Pedriali
Gleisi Hoffmann, Vanessa Grazziotin e Lindbergh Farias compõem a “bancada do holofote” na comissão de impeachment do Senado e assumiram a linha de frente na defesa da president@ afastada Dilma Rousseff.

O comportamento deles é um desastre!

De “questões de ordem” a “para contraditar, senhor presidente”; de interrupções dos colegas e testemunhas, e com direito a ataques de histeria, a gestos teatrais e acrobacias retóricas, eles se comportam como verdadeiros trapalhões.

Ou Três PaTetas. Pela ordem, senhor leitor: Narizinho, Narigão e Bobão agem como agitadores, performance que adquiriram na militância em movimentos estudantis – todos originários do PCdoB, ao qual Vanessa, a Narigão, se mantém filiada. Narizinho e Bobão migraram para o PT.

Distorcer os fatos, apelar para tecnicismos, repetir e repetir os mesmos argumentos desmentidos pelas testemunhas e a coação às testemunhas resumem o padrão do comportamento do trio.

Os técnicos do Tribunal de Contas da União foram tratados por eles como hereges diante de um tribunal da Inquisição. Não faltaram ataques pessoais e insinuações de que participam da conspiração que tirou Dilma do poder. Foram humilhados – com elegância e incrível sangue frio – em todas as investidas.

O Bobão deve estar com calo na língua de tanto repetir que a comissão se comporta como “tribunal de exceção” e que o processo de impeachment de Dilma é “um golpe para tirar direito dos trabalhadores e acabar com a Lava Jato”. Que decadência! Na condição de presidente da UNE, ele comandou os “cara pintadas” que tanto contribuíram para depor Collor. Hoje ele e o senador alagoano são aliados – assim como o PT se aliou a Collor e lhe deu como recompensa um dos mais rentáveis escaninhos de corrupção, a BR Distribuidora. E agora Lindbergh acusa de corruptos os adversários enquanto defende, sem medo do ridículo, a organização criminosa, à qual pertence, que promoveu o maior assalto aos cofres públicos de que se tem notícia. E ainda se envaidece disso, pois não resiste a olhar para a câmera sempre que conclui suas perorações.

E a Narizinho Gleisi? É a mais performática do trio, recorrendo ao cabelo liso fechado em coque para ressaltar a testa, descuidar propositalmente da maquiagem para que os lábios pareçam mais longos e levantar levemente as sobrancelhas para adquirir um ar de inquisidora implacável. Descontando-se o formato do apêndice nasal – autêntico no italiano, artificial no dela -, comparada de perfil ao retrato clássico de Savonarolla, Gleisi parece a reencarnação do inquisidor italiano.

E como tal se comporta: interrompe, censura, corrige os colegas e as testemunhas, aos quais ameaça com o indicador, tão exibido quanto o nariz; após inquirir a testemunha, recosta-se na cadeira, cruza os braços, empertiga o porte, olha a vítima com ar de superioridade e a cobre com um sorriso sarcástico; estoura o tempo que lhe é dado e, tendo o microfone silenciado, aumenta o volume da voz para seguir em frente com seu raciocínio – tortuoso, falacioso, insinuador. Chegou a exigir, aos berros, que o presidente da comissão religasse seu microfone! E, ainda, ordena que os anais registrem afirmações que seus interrogados não fizeram…

A comissão da impeachment decide o futuro de Dilma, do PT e dos PaTetas – que ficarão sem pai nem mãe se apresidenta for afastada definitivamente. A missão do trio é convencer seus pares de que Dilma é inocenta, mas o que fazem é irritá-los; revoltá-los em muitos casos. E como as sessões são transmitidas ao vivo, o comportamento deles deveria visar a diminuir na opinião pública a resistência ao eventual retorno de Dilma. Da forma como se comportam, Narizinho, Narigão e Bobão só fazem aumentar essa resistência.

A “bancada do holofote” ilumina seus membros – para desgraça deles, que serão, no devido tempo, cobrados por seu comportamento. E projeta sombra sobre o destino de Dilma.
Com muy amigos assim, para que Dilma precisaria de “conspiradores”?

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