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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Façamos assim: Esteves sai do BTG Pactual, e Dilma, do Brasil! Que tal?

Por Reinaldo Azevedo

O Banco Central avalia que o banqueiro André Esteves deveria ficar afastado da administração do BTG Pactual, mesmo depois de deixar a cadeia. Ele está em prisão temporária, que expira neste domingo se não for prorrogada.

Ele é acusado de tentar obstruir investigações da Lava Jato, em parceria com o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e o advogado Edson Ribeiro.

Para o BC, o retorno de Esteves ao comando do BTG, enquanto ainda pairam suspeitas sobre seu envolvimento no caso, poderia prejudicar ainda mais a imagem do Pactual. O Banco Central diz, inclusive, haver caminhos legais para forçar a saída do banqueiro caso ele seja liberado e insista em manter seu posto na instituição financeira.

O BC é o regulador do setor bancário, e a avaliação é que possui instrumentos para interromper mandatos caso a medida ajude a garantir a saúde financeira de um banco.

Vamos com calma aí. A depender dos crimes cometidos, muito especialmente os financeiros, o BC, de fato, pode proibir certas pessoas de atuar no mercado.

Ainda não é o caso de Esteves. É evidente que, se ele passar a representar um perigo para o BTG — que atua, de fato, em área fortemente regulada — e para o sistema bancário, aí é caso de intervir para forçar a saída. Mas parece que se está bem longe disso. De resto, creio que os sócios seriam os primeiros a impor a saída.

Por enquanto, o governo só está exercitando o velho vício de mandar. Venham cá: Esteves não pode continuar a comandar o Pactual, mas Dilma pode continuar a comandar o Brasil? E Renan Calheiros, o Senado? E Eduardo Cunha, a Câmara?

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