dilmairon@hotmail.com

sábado, 26 de julho de 2014

Pai comemora morte do filho: “Que bom que alguém fez isso, senão eu mesmo teria que fazer”.

A cena da manhã deste sábado (26) foi bem diferente daquela que os familiares se reúnem em volta do corpo e choram desoladamente. Um homem de 34 anos foi morto a tiros no bairro Barreirinha, em Curitiba. Pai, mãe e irmãos estavam aliviados. O atirador não foi encontrado.

O crime aconteceu depois na Avenida Anita Garibaldi, ao lado do trilho do trem. O terreno abriga duas casas e Anderson Antunes Silva teria sido atingido por um motociclista que viu a vítima agredindo com um facão a irmã, que segurava uma criança no colo.

A família contou que Silva tinha envolvimento com o crime. Com diversas passagens pela polícia, a vítima fazia uso de bebida alcoólica e também era usuário de drogas, de acordo com a família. Na madrugada de hoje, ele teria ido até a casa da família e iniciado uma discussão com a irmã. Na frente do cunhado e das sobrinhas, Silva agrediu a irmã, que estava com uma das filhas no colo, com um golpe de faca.

Nesse momento, o motociclista, de acordo com a família, entrou no terreno e disparou vários tiros contra ele. “Foi um alívio que Deus nos deu porque senão ele ia matar a gente. Ele apareceu aqui e veio perturbar minha filha, meu genro. Todo mundo trabalha aqui e ele, quando bebia, pensava que era o super-homem. Queria surrar todo mundo”, conta o pai, Gentil Silva, que acionou a Polícia Militar (PM).

A irmã da vítima foi socorrida pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate). Ela teve um ferimento profundo no braço, mas está bem. Sobre o atirador que matou seu filho, Gentil é direto. “Não condenado e ainda o defendo porque alguma ele aprontou. Ele era complicado, queria surrar todo mundo, queria matar o irmão que é cadeirante. Já foi preso, já roubou muita gente. Ia chegar uma hora que eu mesmo teria que fazer isso”, finaliza.

O corpo da vítima foi encaminhado a Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Por Elizangela Jubanski e Juliano Cunha
Rádio banda B

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é sempre bem vinda. Comente com moderação.