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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Processo administrativo é cabível sobre gastos sem empenho que aguardam pagamento

De acordo com Pleno, gestor público deve abrir processo antes de quitar despesas ilíquidas e sem empenho herdadas de ato ou contrato anterior antieconômico, ineficiente ou danoso. Apuração de responsáveis e prevenção de ônus judicial e de enriquecimento ilícito são condições prévias à resolução de impasse administrativo.
 O prefeito, vereador ou gestor público paranaense não é obrigado a quitar de modo imediato despesas que a administração tenha contraído, de forma ilegal, durante gestão anterior. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) sugere a abertura de processo administrativo em casos onde houve gasto público sem empenho, mas que aguarda ser quitado.

No processo, cabe apurar e determinar: os responsáveis pela despesa sem autorização, o risco de enriquecimento ilícito do órgão ou de sofrer ação judicial e, ainda, se o serviço que gerou o gasto foi efetivamente prestado.

Essa orientação do TCE paranaense respondeu Consulta (Processo nº 573550/11) do atual presidente da Câmara de Vereadores de Rio Branco do Sul (Região Metropolitana de Curitiba). Braz Geffer foi orientado, pelo órgão de controle, a instaurar a devida investigação administrativa antes do pagamento de qualquer despesa ilíquida e não-autorizada em nome do Legislativo. Geffer apontou supostas ilegalidades havidas em contratações pactuadas em gestão anterior, ainda pendentes de pagamento, como fato que levou à Consulta.

A Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência são imperativos constitucionais (conforme a Constituição Federal de 1988), reguladores de qualquer ato ou contrato público no Brasil. Além disso, tem quase meio século a Lei Federal (nº 4320/64) cujo Artigo 60 impõe o prévio empenho – previsão e autorização legal com base em orçamento – como condição para a realização das despesas públicas. Na resposta à Câmara de Rio Branco do Sul, o TCE assinalou ainda outros três princípios importantes.

A instauração do processo legal sobre uma despesa pública ilegal deve, segundo o órgão de controle, avaliar a continuidade do serviço público, a proporcionalidade e a razoabilidade. Cabe ao processo minimizar risco de ação judicial ou enriquecimento sem causa do Legislativo – caso o serviço, ainda que sem empenho ou licitação, tenha sido prestado. O procedimento, de forma paralela, isenta o atual gestor de assumir indevidamente um gasto que não previu, autorizou ou consentiu.

“Este processo administrativo poderá se prestar a comprovar a existência de gestão antieconômica, ineficiente, danosa, e, até mesmo de má fé, levando o administrador a ponderar, motivadamente, que a realização de pagamentos e a manutenção da avença pactuada à revelia da lei pode ser mais onerosa ao erário e, por conseguinte, à coletividade”, ponderou o conselheiro relator da posição do TCE, Ivan Bonilha.

A orientação do Tribunal de Contas em expedientes de Consulta não abrange fatos concretos. Ela depende de parecer jurídico auxiliar para ser editada e se limita a apreciar o fundo legal da questão trazida pelo jurisidicionado.

O Acórdão contendo, em detalhes, o posicionamento, as normas cabíveis e o extrato do julgamento do Pleno (de 11 de outubro) sobre a questão da Consulta está publicado no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas (DETC).


Serviço:

Acórdão: nº 3325/12 – Tribunal Pleno
Assunto: Consulta
Processo: nº 573550/11
Relator: Conselheiro Ivan Bonilha

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

De volta ao poder


Após mais de oito anos afastado do poder o PT volta a partir de 2013 a fazer parte da administração de Santa Maria do Oeste. O partido terá como seu maior representante o vice prefeito eleito e muito "provavelmente" alguns secretários ligados ao PT.
Muito embora alguns digam o contrário, foi a "sede" de poder que fez com que o partido fizesse aliança com o atual Prefeito que até alguns dias atrás era tratado como adversário.
Vamos ver na prática como irá funcionar essa aliança.
A população espera que essa parceria seja benéfica para o município e não apenas para alguns. A partir de janeiro de 2013, ninguém precisa mais de discursos bonitos e sim de ações que tragam melhores condições de vida para todos os munícipes independente de bandeira partidária.